sábado, 10 de julho de 2010

O caso Bruno

Conversando com amigos tanto na vida real, quanto na vida virtual, discutimos sempre os casos mais atuais; como não poderia deixar de ser, o caso do goleiro Bruno, que mandou matar a "ex-namorada" Eliza Samudio, tornou-se um assunto recorrente, onde a imprensa, com o pretexto de destrinchar e mostrar a "verdade dos fatos", torna o caso um circo,com um sem número de informações repetidas e exploração da imagem do jogador, onde o que o que interessa mesmo é a audiência dos espectadores.
Podemos realmente pensar, como uma pessoa que recebe um ótimo salário (e que ainda por cima pratica aquilo que mais ama, que é o futebol), poderia preocupar-se mais com o dinheiro gasto em uma pensão, do que com a vida de uma pessoa (sendo ela boa ou má, não importa)... Existem coisas que não tem preço, como todos sabemos, mas deixar-se levar por pensamentos que ferem os direitos mais básicos dos seres humanos, mostra como nosso bom senso e valores, estão indo por água abaixo nos dias de hoje! E o quanto devemos nos preocupar com as influências externas e pessoas de má índole, independente do lugar em que vivemos, seja uma favela, seja um bairro rico de qualquer lugar do país.
Hoje, ser um atleta, além do sacrfício de usar o próprio físico no máximo esforço e estar sujeito a lesões, requer um estado de equilíbrio emocional muito maior do que a média da população. Algo que o goleiro pareceu não demonstrar em vários momentos de declarações para a imprensa no passado.
O medo que temos hoje, não é apenas de traficantes, homicidas, sequestradores, mas de pessoas comuns da sociedade, e até aqueles que deveriam se mostrar como exemplos de idoneidade e heroísmo.
Talvez o mundo inteiro esteja passando por uma transformação (nada agradável), em que na minha impressão, e na de muitos outros, a tendência é apenas de piora da situação, e da falta de limites para a atitude dos homens. Se assim for, que ainda tenhamos a capacidade de observar os fatos de fora e de ficarmos estarrecidos com o que acontece pra podermos passar o mínimo de sensibilidade aos nossos filhos.
Que ainda haja esperança para todos nós.

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